quarta-feira, 30 de setembro de 2009

QUANDO A MUSICA FALA...


domingo, 27 de setembro de 2009

TANTO

Eu voltei pra minha sina
Contei pra uma menina
Meu medo só termina estando ali
Ela é suave assim
E sabe quase tudo de mim
Ela sabe onde eu
Queria estar enfim


ps: em sampa city

ps do ps: e faltam menos de 12 horas... u-huuuuuu!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

GRAMADO

Eu tô morando
num pedaço do céu
como o diabo gosta...
- pelo menos até domingo -

(só falta a lua-de-mel... HA-HA-HA).

terça-feira, 22 de setembro de 2009

EU SEI, NÃO É ASSIM, MAS DEIXA EU FINGIR E RIR




SENTIMENTAL
(Los Hermanos)

O quanto eu te falei?
Que isso vai mudar
Motivo eu nunca dei
Você me avisar, me ensinar
Falar do que foi pra você
Não vai me livrar de viver

Quem é mais sentimental que eu?
Eu disse e nem assim se pôde evitar

De tanto eu te falar
Você subverteu o que era um sentimento e assim
Fez dele razão pra se perder
No abismo que é pensar e sentir

Ela é mais sentimental que eu
Então fica bem
Se eu sofro um pouco mais

"Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te
Ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria."

Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa
Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir e rir.

domingo, 20 de setembro de 2009

ALÉM DAS EXPECTATIVAS TODAS

Não sei se pelo ipê roxo que avisto da minha janela, ou se pelo vento com cheiro de flor que meu olfato alcança, sinto que a primavera está chegando. E mais do que supor que flores virão para alegrar dias outrora cinzas, tenho cá pra mim que a primavera me entregará a esperança. E se você me perguntar o porquê de tanto querer, não saberei te responder: quero, e nada mais sei. Assim como as árvores desejam as flores quando setembro finda, eu te desejo quando meu dia começa. E também não sei por que meu coração deu pra te querer, e só você. Poderia querer um milhão de gentes, entre os bilhões que existem no planeta inteirinho, mas ele, primaveral, decidiu por bem que você conseguiria causar todos os estragos e todas as alegrias que um bom e saudável coração merece sofrer. Assim como as árvores que escolhem as flores sabendo que em um outono qualquer serão abandonadas.

Procuro e não encontro em outros olhos, que não os seus, o brilho característico destes que me fazem viajar além das expectativas todas. Sim, porque se somos humanos, criamos expectativas. E criar expectativas não é ruim, antes disso – é na expectativa que guardamos toda a poesia do mundo, e as palavras bonitas. Ninguém cria expectativa para coisas ruins, ou palavras desagradáveis. Não, claro que não! Se criamos expectativa, e nos permitimos vivê-las, estaremos nada mais que desejando que um dia nossa vida se transforme naquele sonho quentinho que a gente guarda no fundo do coração. E realizar esse sonho talvez seja a grande proeza da vida.

Eu me permito criar expectativas. Sempre. Mas com você, babe, eu vou além de todas elas. E ir além é ultrapassar os sonhos todos e querer mais. Sempre mais. Ir além das expectativas é desejar prosa muito mais que poesia, realidade mais que fantasia. É guardar um abraço cheio de carinho e compreensão, porque em algum momento do dia você vai precisar de carinho e compreensão. Ir além das expectativas é trazer o peito carregado de insegurança, é saber que se corre o risco de cair em lágrimas simplesmente porque você não é a pessoa mais perfeita do mundo. Ir além das expectativas é te querer na minha vida, e não simplesmente desejar sua breve companhia e alguns beijos apaixonados.

Não sei em qual momento me apaixonei por você. Talvez no dia em que, sorrindo, me contou suas aventuras todas e seus sonhos ávidos por realização. Ou então no dia em que te percebi falível e incrivelmente humana, errando e acertando como todo o mundo. Não sei, não sei. O que sei, e desse saber não abro mão, é que mesmo com todas as adversidades e todos os avisos de que corro sério risco, eu continuo te querendo. E continuo te querendo. E continuo te querendo. Até o dia em que eu puder contar para as pessoas o quanto você me faz feliz, e o quanto eu te faço feliz. A partir desse dia as expectativas darão lugar à realidade, e o querer dará lugar ao orgulho e ao zelo.


Besteira, babe, é não querer. Acredite.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

TIVE UM SURTO DISPÉPTICO...


Simplesmente uma delícia de música e interpretação.

ENCANTADA
( Versão de "Bewitched, Bothered and Bewildered" - Richard Rodgers e Lorenz Hart, por Carlos Rennó)

Após nove ou dez conhaques,



Acordei qual uma flor,
Sem Engov nem ataques.
Nem senti tremor
Homem sempre me aparece;
Geralmente bem me dou.
Mas um meia-boca desse
Me desconcertou.
Tinindo estou;
Curtindo estou;
Criança, chorando
e sorrindo estou
Inquieta, tonta e encantada estou
.

Sem dormir,
Não tem dormir,
O amor vem e diz: não convém dormir...
Inquieta, tonta e encantada estou.

Me perdi, dominada,
E daí? Errei, sim.
Ele é uma piada,
A piada sobre mim.
Ele é o fim,
E até o fim
Vou tê-lo pra vê-lo, com fé, no fim,
Inquieto, tonto e encantado também.

Vi demais,
Vivi demais,
Mas hoje eu já adolesci demais
Inquieta, tonta e encantada estou.
Niná-lo eu vou,
No embalo, eu vou,
Um dia na pele grudá-lo eu vou
Inquieta, tonta e encantada estou.

Ao falar ele sente,
Travação, timidez,
Mas horizontalmente
Falando, ele é dez.
Perplexa, enfim,
Com nexo, enfim,
Com – graças a Deus – muito sexo, enfim,
Inquieta, tonta e encantada estou.

Ele é um tolo, mas um tolo
O seu charme às vezes tem
Em seus braços eu me enrolo,
Que nem um neném.
Caso é aquela coisa louca;
Nem dormindo eu estou,
Desde que esse meia-boca
Me desconcertou.

Sensata, enfim,
Constato, enfim,
Sua baixa estatura de fato – enfim,
Inquieta, tonta e encantada não mais.
Doeu demais;
Rendeu demais;
Você ganhou muito e perdeu demais
Inquieta, tonta e encantada não mais.

Tive um surto dispéptico,
Mas viver já não dói.
Tenho o peito antisséptico,
Dês que você se foi.
Romance – finis;
Sem chance – finis;
Calor a invadir meu colant – finis;
Inquieta, tonta e encantada não mais.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ONDE A CREDULIDADE SE ESCONDE

No mar de incredulidade em que vivemos, muito em parte porque nos é difícil aceitar algumas situações ao qual teríamos que nos despir de nossos quereres e sentimentos, esconde-se em jarros brancos, de porcelana puríssima, a credulidade. Suas tampas, muitas vezes banhadas a ouro e muito requinte, são pesadas e tem o objetivo de proteger nossos olhos (e alma). A partir do momento em que se tem curiosidade (e consciência feita) de que levantar aquela tampa pode ser a ruína ou a glória de determinado momento de nossas vidas, nos enchemos de coragem genuína e nos tornamos fortes o suficiente para suportar qualquer coisa que dali de dentro saia. E então, lá estará ela, a credulidade. E tudo o que vemos nos é passível de crédito, uma vez que estamos vendo com nossos olhos e não apenas elucubrando a respeito de algo imaginado. E esse momento de descoberta às vezes nem chega a nos surpreender, pois muitas vezes o que se é pressentido em relação ao objeto que é passível de crédito ou descrédito, é a verdade em si, nua a crua. E então o que sentimos em relação aquilo permanece, pois os sentimentos são a essência que nos move em direção à curiosidade de querer saber mais, mas nos tornamos passíveis de aceitar ou não em nossas vidas o que pode nos ser prejudicial. A essa atitude eu daria o nome de amor-próprio, ou preservação. Mas algumas pessoas chamarão de egoísmo, ou fraqueza. O nome pouco importa, na verdade. O que conta, nesse caso, é sabermos exatamente o momento de parar, ou continuar, para que tudo o que tenha acontecido, ou estiver para acontecer, valha a pena de ser vivido. E às vezes vale. E às vezes não vale.

Ces't la vie.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

DA SÉRIE: COISAS QUE NÃO SE PODE FAZER A UMA MULHER INTELIGENTE

NUNCA provoque IRA em uma mulher INTELIGENTE. NUNCA. Principalmente se essa mulher inteligente tem um lado maquiavélico bem desenvolvido. BEM desenvolvido.

Agora, se ela já está em IRA, você se fodeu preste atenção se ela ESCREVE MUITAS PALAVRAS EM CAIXA ALTA. Porque se isso acontecer, meu amigo, é que a coisa ficou feia pro teu lado. BEM feia.

HORIZONTE EM CONSTANTE EXPANSÃO

TEMPOS (ULTRA) MODERNOS
(Lulu Santos)

Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima do muro
de hipocrisia que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara
Repleta de toda a satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
E que isso valha prá qualquer pessoa
Que realizar a força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade pra dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há prá viver
Vamos nos permitir

domingo, 13 de setembro de 2009

RETRATO ENQUADRADO DE UM HORIZONTE EM EXPANSÃO


Telhado de Paris - Zélia Duncan

Venta...
Ali se vê
Aonde o arvoredo inventa um balé
Enquanto invento aqui pra mim
Um silêncio sem fim
Deixando a rima assim
Sem mágoas, sem nada

Só uma janela em cruz
E uma paisagem tão comum
Telhados de Paris
Em casas velhas, mudas
Em blocos que o engano fez aqui

Mas tem o outono uma luz
Que acaricia essa beleza cor de giz
Que mora ao lado, mas parece outro país
Que me estranha, mas não sabe se é feliz
E não entende quando grito...

Eu tenho os olhos doidos, doidos, doidos
Já vi
Meus olhos doidos, doidos, doidos
São doidos por ti

O tempo se foi
Há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
Diversos, retos, corretos
E o resto de paixão, reguei
Vai servir pra nós
E o doce da loucura é teu
É meu
Pra usar à sós

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

DESBARATINANDO!


Dá até uma coceirinha boa... rsrs.. E um suspiro, de alívio.

Ps: peguei no blog da Manô, mas já conhecia há muito tempo... hehehe

EU TENHO OS OLHOS DOIDOS, DOIDOS, DOIDOS...

O tempo se foi
Há tempos que eu já desisti
Dos planos daquele assalto
Diversos, retos, corretos
E o resto de paixão, reguei

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

ESPERANDO POR DIAS AZUIS

Apenas me empreste seus olhos quando os meus não mais puderem enxergar o colorido dos dias.

E simplesmente me abrace quando eu estiver triste.

E calmamente me ouça quando eu quiser desabafar.

E cuidadosamente me mostre outros caminhos que eu ainda não tiver enxergado.

E então, curada de toda angústia, pintarei seus dias de azul. Com esmero e zelo. Carinho e cumplicidade. E descansarei na tua presença. E contemplaremos o silêncio.


SONETO DO DESMANTELO AZUL
(Carlos Pena Filho)

Então, pintei de azul os meus sapatos
por não poder de azul pintar as ruas,
depois, vesti meus gestos insensatos
e colori as minhas mãos e as tuas,

Para extinguir em nós o azul ausente
e aprisionar no azul as coisas gratas,
enfim, nós derramamos simplesmente
azul sobre os vestidos e as gravatas.

E afogados em nós, nem nos lembramos
que no excesso que havia em nosso espaço
pudesse haver de azul também cansaço.

E perdidos de azul nos contemplamos
e vimos que entre nós nascia um sul
vertiginosamente azul. Azul.

DAS COISAS PARA SE ODIAR - ENTRE OUTRAS:

choro entalado, que não tem onde desaguar.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

HOJE MESMO

E o último,
complexo, honesto e genuíno,
amar sem precisar da dor,
querer também sem magoar
Tocar seu corpo
Hoje mesmo.
(Nando Reis)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

QUANDO O AMOR VACILA

"... Eu te amo de alma para alma.

E mais que as palavras,

ainda que seja através delas

que eu me defenda,

quando digo que te amo

mais que o silêncio dos momentos difíceis,

quando o próprio amor

vacila."

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

FERIADO COM ZÉLIA NA VEIA

TUDO SOBRE VOCÊ

Queria descobrir
Em 24hs tudo que você adora
Tudo que te faz sorrir
E num fim de semana
Tudo que você mais ama
E no prazo de um mês
Tudo que você já fez
É tanta coisa que eu não sei
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você

E até saber de cor
No fim desse semestre
O que mais te apetece
O que te cai melhor
Enfim eu saberia
365 noites bastariam
Pra me explicar por que
Como isso foi acontecer
Não sei se eu saberia
Chegar até o final do dia sem você

Por que em tão pouco tempo
Faz tanto tempo que eu te queria

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DAS COISAS PARA SE ODIAR - ENTRE OUTRAS:

DESENCONTROS MARCADOS

SOBRE A POESIA

Não me arrisco a criá-la. E se o faço, é por estar fora de mim. Poucos tem o dom de possuí-la, e para esses poucos é reservado todo o encantamento do mundo. E também os olhos mais atentos, e os corações mais encardidos - sim, porque um poeta tem o coração encardido. Não que eu não seja uma obsessiva, como a Ruth do post aí de baixo, antes disso - mas meu encardume é outro. Às vezes leio algumas rimas, pobres rimas, e não posso deixar de pensar em quem as escreveu: é um esforçado, não duvido. Mas o poeta de verdade, aquele para quem os sinos dobram - e um poeta verdadeiro não usaria essa metáfora ridícula dos sinos - não necessita de muito esforço (sentimental) para traduzir em palavras o que sente (para essa observação guardo um cuidado: não fazer muito esforço sentimental não significa que esse mesmo poeta não espreite, e às vezes por muito tempo, a palavra antes da mesma cair em sua graça). Guardadas as devidas proporções, de louco todos temos um pouco. De poeta, talvez. E por isso é que sigo sem rima. Mas sempre neurótica.

SIMULTANEIDADE
(Mário Quintana)

- Eu amo o mundo! Eu detesto o mundo!
Eu creio em Deus! Deus é um absurdo!
Eu vou me matar! Eu quero viver!
- Você é louco?
- Não, sou poeta.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DAS OBSESSÕES

Ruth era una persona obsesiva, y ese rasgo de su carácter le hacía sufrir mucho, pues le impedía recuperarse tan fácilmente como otros de los desastres sentimentales, de las decepciones, de los contratiempos, de las pequeñas tragedias del día a día. Pero también gracias a ese rasgo trabajaba con entusiasmo hercúleo, entregándose a la cámara como a una amante y a los amantes como se fueran dioses, con una pasión de devota o incluso de mártir (en intensidad, al menos, aunque no fuera en duración). A lo largo de su vida, Ruth se había obsesionado com muchas personas, pero eso no quería decir que las hubiese incluido em su vida. A veces, sólo las miraba desde la distancia. Podía tratarse de amores platónicos, de estrellas desconocidas, de amantes de una noche, amigas. Personas a las que necesitaba para crear. Todo lo que Ruth había escrito, actuado, filmado, había sido concebido para alguien. Cada monólogo, cada encuadre, cada plano, tenían un destinatario.Pensaba en aquella persona cuando filmaba o cuando actuaba, y el hecho de saber que esa persona existía, que podría verla algún día, se convertía en el carburante que engrasaba su máquina de crear, de dar, de mostrarse, de comunicar. Pero Ruth no podía definir aquellas personas como inspiradores, sino, más bien, como espejos. Lo que escribía, filmaba o interpretaba estaba escrito, filmado o interpretado sólo para una persona, para nadie más, pero en el fondo estaba destinado para la propria Ruth. Sin la intervención de una tercera presencia no podía colocarse ni delante ni detrás de una cámara. Sus obsesiones eran como un catalizador. Necessitaba reconocerse en otro. Como si supiera verse a sí misma sin otro.

Desde ayer tú eres mi otro, mi hermano de sangre, si me aceptas. No pretendo, entiéndeme, suplantar a tu novia. No busco horarios ni exigencias ni ataduras ni compromisos. Aunque sea bien cierto que a veces los horarios, las exigencias, las ataduras y los compromisos son buenos substitutos de la seguridad que, al fin y al cabo, todos necesitamos. La necesidad de ser querido, y la seguridad de ser querido que se asocia a la rutina, a ese orden estructurado y predecible que se identifica con la felicidad y que es posible que la constituya (yo todavía no sé si la constituye o no, a mí no me preguntes: las relaciones abiertas son caóticas y minan emocionalmente, las relaciones cerradas y restrictivas acaban por anular y aburrir, ser o no ser libre, ésa es la cuestión). Yo sólo quiero verte, verte otra vez lo antes posible, si tú quieres.

Lucía Etxebarria em De todo lo visible y lo invisible

terça-feira, 1 de setembro de 2009

PARA R.F.

Não queira do verbo mais do que ele pode oferecer: ação. Queira da vida o riso inesperado, do pincel do artista o movimento, dos olhos o brilho e de um poema de Drummond a salvação. Entender é anular possibilidades. Entender é enclausurar-se. É jogar o sentido pra dentro de si, trancar a porta e jogar a chave fora. E um sentido preso é o mesmo que ter olhos cegos: somente no tato é que se conhece alguma coisa. Mas não queira tatear a vida como quem faz questão de tocar para só então acreditar que é real. Acredite antes mesmo de ver.

Não espere do tempo exatamente aquilo que ele nos nega: paciência. Espere da primavera flores, dos amigos abraços, da dor aprendizado e do amor cumplicidade. Viver é ultrapassar limites. Viver é agir. Viver é agora. É vestir a roupa de personagem principal e encarar o palco de cara limpa e alma aberta. E uma alma aberta é capaz de fazer milagres quando o que se quer é viver apesar de – (e você entende o que vem a ser esse “apesar de”... ainda estamos aqui, apesar de, não é mesmo?).

Não deposite nos sonhos todas as suas esperanças: realize-se. Deposite nos filhos seu afeto, no trabalho sua dedicação, no tempo suas prioridades e na vida sua essência. Realização ultrapassa o sentido material quando o que se almeja é construir-se. Realizar-se é fazer da vida o que se deseja, e quer. Porém, minha cara, tenha sempre em mente que é preciso ter coragem para praticar a sinceridade consigo mesma. E acima de tudo é preciso ter muito amor para enxergar com clareza o que é a existência e continuar a caminhada, na fé de que todos os sacrifícios valerão a pena.

Não carregue o peso do mundo nas suas costas: liberte-se. Carregue flores para dentro de casa, amor para dentro do peito, um amigo no colo quando necessário for e esperança no coração. Culpar-se é vestir uma carapuça que nem sempre te serve, mas que mesmo assim você insiste em vesti-la. E então ela fica desconfortável, aperta onde não deveria apertar e fica folgada onde deveria ser justa. Espírito livre é aquele que tem ciência de todos os seus atos, se torna responsável por eles, mas não se dobra ao peso da culpa ou do ressentimento exatamente porque enxerga que a vida é feita de circunstâncias.

A vida é feita de circunstâncias.

 
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