segunda-feira, 14 de junho de 2010

MAS DEPOIS MUDOU DE MIM

Você só me fez mudar / Mas depois mudou de mim...


Should I give up, or should I just keep chasing pavements
even if it leads nowhere?
Or would it be a waste even if I knew my place
Should I leave it there?

Tua falta me rasga o peito. Dói. Mas dor pior é saber que você nunca se decidirá, e que seu medo é justamente a minha fortaleza. E é nessa fortaleza que me abrigo da crueldade do mundo, do egoísmo de pessoas egocêntricas, e onde me refugio quando só em teu peito faria morada. Minha alegria são os versos que nos dedicamos, mas minha tristeza é não vivê-los. O prazer vão das tentativas mal sucedidas não me tira o sono. O que me tira o sono é te ter ao alcance das mãos e não poder tocar. É ter a genuína vontade de te possuir, mas ser impotente. É saber... não, não – antes disso: é sentir o quanto nos queremos, nos desejamos e nos merecemos. É conquistar uma afinidade nunca antes imaginada com qualquer outra pessoa. É “te amar pelas tuas faltas, pelo teu corpo marcado, pelas tuas cicatrizes, pelas tuas loucuras todas”. Minha calmaria é ser tua tormenta, mas minha tormenta é não ser teu porto seguro. O que me machuca não são as flechas que atira para me prender em tua vida, mas a displicência com que acerta meus pontos fracos. A displicência com que acerta meus pontos fracos. Acerta meus pontos fracos. Meus pontos fracos. Você é o meu ponto fraco. Mas eu sou forte. Infinitamente forte.

7 comentários:

Anônimo disse...

Gosto. Gosto de suas escolhas, e de seus textos neste espaço.

Enquanto acompanho o seu pensamento, penso no quanto gostaria de acompanhá-la por aí, no seu espaço. rs

a.

Pattiê, disse...

quem pensa, realiza? rs

Anônimo disse...

Você é forte sim, mas ao mesmo tempo frágil. E muuuuito cabeça dura!!!

Pattiê, disse...

sim, cabeça dura eu sou mesmo. =P

Anônimo disse...

Se realiza? -- Realiza? (rs)

A.

Anônimo disse...

Realiza o quê?
Aquele gato doido está pulando do prédio, se entregando a uma fera devoradora. Um suicida movido pela pulsão de morte!
Que realize a vida!

Pô!

E a vida é um nunca chegar, pois se chegamos, lá vem a vida adiar, vem denovo desejar... Realizamos um desejo e outro vem nos empurrar para vida, espero! Espere sempre na vida!

Céus!
Um superego q se preze deve estar aliado à vida e não servindo ao masoquismo ou às dores sem fim...
E nós, sujeitos, só nos tornamos sujeitos, a partir da perda do objeto. Aprendemos a elaborar a vida, as perdas, os traumas, a nós mesmas.
O que fazemos é dar conta com arte, inteligência e linguagem da morte que nos sonda e ronda. Esta é a natureza de nosso vazio, vazio este impreenchível, porém com seus contornos, para fazer caber nosso desejo, realizações, enfim, nosso passageiro ser, fazendo sentido e sentindo a existência. Com grata reverência, preferivelmente. Reverência/amor à vida!

Abraço gostoso sentindo esta saudade amiga de quem o tempo não levou de nosso bem querer.

ass.:sua costureira

FIlipão disse...

Ai que lindo!

Adele e Gram num post só é demais pro meu coração.

Adorei o blog, parabéns.

 
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