quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DAS OBSESSÕES

Ruth era una persona obsesiva, y ese rasgo de su carácter le hacía sufrir mucho, pues le impedía recuperarse tan fácilmente como otros de los desastres sentimentales, de las decepciones, de los contratiempos, de las pequeñas tragedias del día a día. Pero también gracias a ese rasgo trabajaba con entusiasmo hercúleo, entregándose a la cámara como a una amante y a los amantes como se fueran dioses, con una pasión de devota o incluso de mártir (en intensidad, al menos, aunque no fuera en duración). A lo largo de su vida, Ruth se había obsesionado com muchas personas, pero eso no quería decir que las hubiese incluido em su vida. A veces, sólo las miraba desde la distancia. Podía tratarse de amores platónicos, de estrellas desconocidas, de amantes de una noche, amigas. Personas a las que necesitaba para crear. Todo lo que Ruth había escrito, actuado, filmado, había sido concebido para alguien. Cada monólogo, cada encuadre, cada plano, tenían un destinatario.Pensaba en aquella persona cuando filmaba o cuando actuaba, y el hecho de saber que esa persona existía, que podría verla algún día, se convertía en el carburante que engrasaba su máquina de crear, de dar, de mostrarse, de comunicar. Pero Ruth no podía definir aquellas personas como inspiradores, sino, más bien, como espejos. Lo que escribía, filmaba o interpretaba estaba escrito, filmado o interpretado sólo para una persona, para nadie más, pero en el fondo estaba destinado para la propria Ruth. Sin la intervención de una tercera presencia no podía colocarse ni delante ni detrás de una cámara. Sus obsesiones eran como un catalizador. Necessitaba reconocerse en otro. Como si supiera verse a sí misma sin otro.

Desde ayer tú eres mi otro, mi hermano de sangre, si me aceptas. No pretendo, entiéndeme, suplantar a tu novia. No busco horarios ni exigencias ni ataduras ni compromisos. Aunque sea bien cierto que a veces los horarios, las exigencias, las ataduras y los compromisos son buenos substitutos de la seguridad que, al fin y al cabo, todos necesitamos. La necesidad de ser querido, y la seguridad de ser querido que se asocia a la rutina, a ese orden estructurado y predecible que se identifica con la felicidad y que es posible que la constituya (yo todavía no sé si la constituye o no, a mí no me preguntes: las relaciones abiertas son caóticas y minan emocionalmente, las relaciones cerradas y restrictivas acaban por anular y aburrir, ser o no ser libre, ésa es la cuestión). Yo sólo quiero verte, verte otra vez lo antes posible, si tú quieres.

Lucía Etxebarria em De todo lo visible y lo invisible

43 comentários:

Um neurótica. disse...

Neurose.
Condição mínima para a cultura, para a civilização. O salto, diferentemente de um deslocamento apenas, pode possibilitar uma nova leitura da vida. Mas perceba... Sem gastar dinheiro com psicanalista, Ruth e Clarice Lispector(como sofria Clarice) deram uma solução bem criativa a esta condição psíquica. E deixar de ser neurótico não é tão simples assim. Se bem q se possa trocar de neurose. De obsessão para histeria ou ainda viajar nas perversões ou psicoses. Ninguém escapou. Mas há os q através da palavra e do sentimento conseguem melhor qualidade de texto e de vida (rs). Viver para o outro, escrever para o outro, morrer pelo outro. São lições neuróticas aprendidas desde sempre. Ou aprendemos a adoecer com resignada devoção ou desobedecemos, ousamos, pensamos, nos pensamos e nos dizemos. Para que nos digamos será necessário um ouvido que nos ouça, além do nosso. Que nos receba e devolva e receba e devolva. A escolha desse ouvido exige certo critério. Pessoas com tendência a alegria verdadeira, que não dramatizam ou exageram nas tintas, normalmente são as mais qualificadas e indicadas. Mas a escolha cabe a cada um.(rs). Essa jornada se faz através da "palavra amiga", dita e ouvida. Em razão dessa escuta respeitosa e cuidadosa a palavra é madurada e a pessoa tb amadurece. Resignifica-se emocional, sentimentalmente, transforma-se, cresce. Aprende a se ver e se ouvir. Não busca mais a si mesma no outro, mas o outro no outro. Disponibliza energia pra dar lugar a si e ao Outro. A si e aos Outros. Tudo que não somos nós é, ou pelo menos deveria ser, o Outro. Mesmo um cão, uma aranha, um carro. Como nos relacionamos com isso tudo determinará o grau de neuras q cultivamos. Mas neuróticos, melhor não negar, todo somos. Sem negar a gente se instrumentaliza pra não cair em ciladas neuróticas alheias e começa a administrar melhor as nossas neuras. Até que, com trabalho e alguma sorte, pode mudar e ficar mais livre desse transtorno psíquico. Se bem q se der pra fazer da neurose algo lucrativo, faça com que ela ( a neurose) trabalhe a seu favor e ganhe seu sustento. Se por acaso, no meio do caminho, suceder uma cura. Mantenhamos segredo disso. rsrs

Pattiê, disse...

Eu não sou eu, nem sou outro
sou qualquer coisa de intermédio
pilar da ponte de tédio
que vai de mim para o outro...
(Mário de Sá-Carneiro)

Adoro sua pertinência e precisão. É uma precisão cirúrgica, por vezes. Outras uma precisão artística, como se fosse um pintor prestes a dar vida a outra Monalisa, mais moderna e cheia de nóias como a que já existe. De qualquer forma, com precisão e pertinência, seus comentários enriquecem o meu aprendizado.

Obrigada! =)

Leiloca disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leiloca disse...

E ja que gostaram tanto to ttexto oriundo de um livro que recomendei, vai outra recomendação ai: Imposturas Intelectuais. A cara de vcs duas !

Pattiê, disse...

Olha a malcriação, dona Leila!!! Detalhe: eu não uso tanto "embromation", assim, pra precisar das imposturas (eu sei do que se trata). Ah, mas eu disse "tanto"... rsrs

Leiloca disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Pattiê, disse...

atenção: esse espaço ainda é uma casa literária... ;-)

Neurótica_pero non troppo disse...

Estou mt bem casada...rs
E..."o meu amor" vê a inutilidade do ciúmes em relação ao artista, ao poeta, ao psicanalista, enfim...Depois comento sobre as disputas infantis do Complexo de Édipo_não escrevi sobre a última parte do texto em pauta. De qualquer forma não sou, rs...não somos, pessoas pra trepadinhas. Creio no amor, sou leal ao meu amor. E...(rs)Pattiê é mulher pra amar e ser amada. Jamais pra uma trepadinha. Rs...Mt calma nessa hora, meus interesses são, exclusivamente,literários. Não posso dizer que eu seja uma pessoa "politicamente correta", já que isso me soa como um paradoxo. Mas sou poeticamente correta, eticamente correta! rs...
Vou continuar fazendo esse literário amor, é apenas essa minha humilde pretenção. Desejo q desfrutem de um amor cheio de ternura, poesia e confiança. Sou testemunha viva de que viver um amor assim deixa a gente transbordante de poesia.
Abraço(s).

Pattiê, disse...

Sua pretensão é o meu alimento. Por mais que existam elucubrações, é sempre em prol da literatura que "trabalhamos". E sempre há a troca: "Essa jornada se faz através da "palavra amiga", dita e ouvida. Em razão dessa escuta respeitosa e cuidadosa a palavra é madurada e a pessoa tb amadurece". Eu também sou leitora (e das que não costuma dramatizar).

De qualquer forma sinto-me lisonjeada por receber em minha casa figuras tão ilustres quanto vocês. E, como não poderia deixar de comentar, sinto-me renovada ao re-constatar que sim, sou uma mulher para amar e ser amada. Porém, me diga, cara amiga neurótica (pero non troppo): existe alguma mulher que não seja?

Abraços

N_eu(ótica) disse...

Rs...
Quem bom que pensa assim...
Conceituemos o amor, então. O que é para cada uma de nós, mulheres.
Sabe, há mulheres que, por mais amadas q sejam, não conseguem sentir esse amor. Sentir não é algo da ordem da passividade, sentir tb é uma arte. rs...Mas se aprende. Suspeito que há pessoas, não só mulheres, que usam o amor de forma equivocada, por isso não se sentem jamais amadas. O amor não nos salva da morte, não nos salva da solidão. O amor me serve e eu o sirvo pra criar vida além da vida que se vive, criada antes de nós. Amor, uma licença poética pra que eu escreva a minha história, a minha vida. Eu e o amor. Até que a morte nos separe."De modo que o MEU ESPÍRITO ganhe um brilho definido('O' MEU AMOR).Tempo tempo tempo tempo. E eu espalhe benefícios.(ex.no pouco de Pattiê que fica) Tempo tempo tempo tempo.
Agradeço a atenção, a emoção, a razão.
rsrs
Abraços.

Leiloca disse...

Cara pseudo pretensa psicanalista de folhetim. Bruna é, entre outras atribuições que ja nos demos, minha amiga, sei melhor muito bem sobre o que ela é "mulher para..." mehor inclusive que vc que fica nesse xavequinho literário porque deve ser um trabuco que acredita que a aristocracia ainda exista e apesar de ser MTO bem casada possa se dar ao desfrute de um amor cortês.
Além do que acho uma látima vc achar que o mundo etica ou poliicamente correto não tem lugar para trepadinhas ou o que o valha.
Booooring !

Pattiê, disse...

tá, eu estava escrevendo algo sério mas não consigo mais: me deu uma crise de riso...

volto em instantes.

Rs... disse...

Lili...
Gostaria de ler vc...
Vc tem blog?

Leiloca disse...

E sim, eu tb acredito.
Mas eu sou aristocrata. rs
E vc que me mimou e fez isso.
Já que vc não quer me defender podia pelo menos contar que eu não preciso ter ciúmes, afinal muitos dos textos que ela fica oras elogiando são para mim.
Conta isso, conta.

Leiloca disse...

Não, mas vou criar um só para poder dar trepadas incorretamente politicamente inliterárias ! E vc vai ser a primeira delas, casada ou não!
rs

Pattiê, disse...

já que estamos falando de patologia: existe alguma relacionada à necessidade de ser o centro das atenções?

ps: não preciso dizer que a bixinha é leonina, né?

Rs...II disse...

Lili...
rs...
Meu amor lê o que escrevo, não tenho nada a esconder.
Rs...
Sou uma linda mulher, delicadamente forte.
Imaginando aqui a...rs..."nossa trepa".
Não vá me bater! rs...
Já falei, sempre faço amor, mesmo nas trepadinhas...rs...
Então, venha...
Abraços.
Tb rolando de rir aqui.

Pattiê, disse...

detalhe: você não é da aristocracia.

Leiloca disse...

Estou tentando colocar uma foto para ilustrar melhor sua imaginação mas não consigo.
Um misto de sensações, ciumes, risos, raiva da anonima escrever melhor que eu, mais risos ...

Leiloca disse...

Eu sou da Aristocracia! Lady Di era minha chapa e Elton toma chá sempre em casa.

Para Lili com carinho disse...

Lili...
(Rs...inda colocou a foto deitada...rs...)
Sinto tudo isso tb...rs...
melhor administrado, pq causa inúteis sofrimentos.
E acaba paralisando nossa literária vida.
Li, em algum lugar, que Viviane Mosé precisa sempre matar Clarice Lispector antes de começar a criar.
Mate-me! Será infinitamente mais fácil.
Sou fichinha diante dela.
Mate-me com seu literário amor...
Bjks Lili...

euzinha. disse...

....nossa, achei que a feira de peixes de napoli era a pior....rsrsrsrs.

Foi um prazer disse...

Rs...
Estão tentando rotular a nossa FLIP particular!
Rs...
Ahaa uhuuu!! A Flip chilique é nossa!!
Sobre a palavra_escrita_escuta_amiga. Mts vezes desata os nós que nos impedem de prosseguir.
Como vida é movimento, cuide de saber que já caminhamos em outra direção.
Tudo, visivel e rapidamente já se transformou.
Mas haverá os que, por falta de escolha, permaneçam lá no início dessa literária conversa.
Abraços.
Adorei!

Pattiê, disse...

eu fico com o final, sempre.

Pattiê, disse...

os méritos do nome vão para Leila. parabéns, grossinha... rsrs

Leiloca disse...

O meio é sempre o mais gostoso.
Anonimete querida, a Viviane Mosé é uma chata como vc a Bruna e todos os filosofos.
Mas ok, acabo pegando amor.
Quanto ao sofrimento ele não tem nada de inútil, é a condição humana, é ruim mas é bom.
Que nem mulher dos outros e sanduiche do Mac Donalds.
E a foto: É deitada! (pegou?rsrsrs)

Euzinha disse...

E quem disse que a feira de napoli não nos guarda surpresas? Para quem está de fora, a impressão é assustadora, mas para quem está participando tudo está correndo na mais perfeita ordem, e harmonia.
Isso não quer dizer que surpresas não nos aguardem no começo, no meio ou no fim da feira – e ademais ela só existe porque tem começo, meio e fim.
O prazer foi meu de olhar de fora e entender como se participasse da feira...
ps: tenho linha direta com a autora do blog, e digamos que participei observando tudo do lado de dentro.

Seguindo em frente disse...

Eu não sou eu, nem sou outro
sou qualquer coisa de intermédio
pilar da ponte de tédio
que vai de mim para o outro...
(Mário de Sá-Carneiro)
Mais tarde, adoraria comentar esse poema.
Vc tirou do baralho literário um coringão q daria muita, mas muita prosa poética mesmo. Abre um prisma que se multiplica sem fim à luz do meu olhar. Tb me imagino escrevendo uma poesia a quatro mãos com vc. Num exercício de vida. Breve deixo rolar essa inspiração. Está feito o convite.
No momento, ainda me preparando pra este encontro.
Abraço carinhoso e... cada vez mais estimulado. Não gostaria de perder o foco: Vc e sua gostosa prosa.
Aquele abraço.

Pattiê, disse...

Convite feito, convite aceito. Será um prazer, e mais, uma honra escrever um poema à quatro mãos com você.

E como aprendemos a escutar respeitosa e cuidadosamente, façamos o exercício de encontrar o outro no outro. E assim tornaremos o vínculo uma via de mão dupla: nos conheceremos, mutuamente. Pelo visto temos energia de sobra.

O Rio de Janeiro continua lindo.

A Palavra com_vida disse...

Ps.Sobre o convite poético.
Esse convite está comprometido com o nosso acaso. Foi assim que imaginei, a priori. Ao sabor do acaso. Por enquanto...
Vou tentar deixar que as condições propícias, pra q a poesia seja fecundada, se apresentem. O meu e o seu dia férteis. Não tenho pressa. Se ela, a poesia, começar a se dizer, servirei apenas de instrumento. Rs...

Rs...O Rio continua lindo sim.

Recomendações a sua íntima amiga "euzinha"_"Eu não sou eu, nem sou o(s) outro(s). Sou qualquer coisa de intermédio(todos?)."
É preciso um certo cuidado pra escrever e servir à palavra. A palavra tem muitos donos. Guarde um lugar especial em vc, só seu. O lugar da sua paz. Onde nem a palavra possa entrar, se vc não autorizar. O escritor precisa de um porto, depois do êxtase de se deixar usar pela palavra. Tb é uma via de mão dupla. Mas vc, talvez, tenha q estar(minimamente) dos dois lados. Depois da hipnose da palavra, quando vc se ofereceu a ela(a palavra), estale os dedo e volte a consciência, acorde. Volte ao seu acordo com VC. Talvez por isso precisemos de musas inspiradoras, além de nos inspirar, elas nos garantem/devolvem a nós mesmas na volta pra casa,depois da viagem através da palavra. Nunca perca o caminho de volta pra casa, de volta pra vc.
Um abraço cuidadoso(e solto) rs...

Pra nos socorrer, pra nos socorrer disse...

Outro dia escrevo um pouco sobre:
Tirania, amor, sadismo e poder.

Cuide-se bem e com carinho.
Vc desperta paixões ciumentas. Rs...
É característica do artista atrair paixões. O artista submetido a um dono começa a deprimir. Não permita que isso aconteça. O artista precisa respeitar sua liberdade, singularidade. Produzir, criar e poder escolher suas várias fontes de inspiração, sem culpas e/ou dívidas.
;))
Abraço.

Pattiê, disse...

Também imaginei ao sabor do acaso. Só quis assegurar nosso lugar no acaso dizendo sim ao convite. Palavra é energia...

O Rio de Janeiro continua sendo...

Quanto à Euzinha: ela simplesmente se deleitou da nossa troca literária na tarde de hoje e acompanhou tudo fazendo comentários quase que instantaneamente.

Aquele abraço!

Pattiê, disse...

Estou me acostumando com o fato de despertar paixões. Ainda mais sendo ciumentas. Mas sou livre, e sempre serei, pra dar vida à minha obra.

Sabe o que é mais engraçado? A pessoa que supostamente "poderia" ter ciúme nem participou da conversa. rsrs...

A respeito do tema "tirania-amor-sadismo-poder": estou ANSIOSA por ler o que tem a dizer.

O Rio de Janeiro fevereiro e março...

Terra Prometida disse...

Rs...
Viajei que "euzinha" era um heterônimo seu. rs
Bem...
Esse texto q prometi é pesadinho e cansativo, preciso estar em forma pra ele. Ando mentalmente cansada. Trabalhando mt.
Pra abrir o apetite: "entrada"_Falarei dos vínculos aos quais nos submetemos quase sem perceber. Se não temos consciência, introjetamos verdades que nos anulam, confundem. Funcionam como cortinas de fumaça, que podem ir minando nossa saúde, criatividade, energia. Esses vínculos de poder não dão, em sua maioria, existência a ambas as partes envolvidas. Um existe e o outro apenas serve de alimento. O desejo inconsciente é de que sejam uma só célula. A princípio pode parecer amor (amizade), mas a gente corre o risco de ser fagocitada. E...poder é poder ser! O ser faminto, voraz, pode vir vestido de vítima, de pobrezinho, de coitado, de salvador, de generoso, de sabe-tudo. O fato é que vc vai estar sempre se sentindo em dívida. Sendo enredada numa história de sedução, culpas e abusos sem fim (sempre justificados como culpa sua). Tudo o que vc fizer ou for pode se virar contra vc. E vc começa a dar vida (e seio?) a esse monstrengo.Rs... O que vc fizer vai dar vida ao outro e servir para q ele anule vc. Vão surgir mil exigências e cobranças infundadas, mas defendidas como se vc burlassse alguma lei divina. Se vc não fica esperta acaba pedindo perdão por estar se defendendo, sendo espontânea, sendo vc, se querendo bem, se querendo SUA. Pq na cabeça "generosa" desse ser, vc está ali para servi-lo! A igreja usa argumento parecido. É prática consagrada, rs...
"Eu morri para lhe salvar, agora vc me pertence"...E a gente(morta) passa a pertencer a um morto.
A lógica dessa frase do Chico ajuda a compreender um pouco mais: "Te perdoo por te trair"."Te perdoo por te matar". rs...
Vá saboreando a azeitona.
Pifei! rs
Até breve...
Abraço.

Pattiê, disse...

Tenho uma observação a fazer a respeito dos vínculos: percebo que a grande maioria das pessoas se sente no direito de cobrar o outro, independente de qual seja a cobrança. Aí funciona assim: eu te dei afeto, você tem que retribuir afeto. Te dei atenção, retribua atenção. Te dei amor, e só aceito amor em coontrapartida. Uma vez conversando com meu terapeuta eu disse que não sabia receber. Que dar, pra mim, era mais fácil. E que eu raramente cobro alguma coisa de alguém. Mas o fato de receber sempre me causou muito desconforto. E ele argumentou dizendo algumas coisas a respeito do meu passado, mas que eu não deveria permitir que pessoas me cobrassem o que quer que fosse. Deveria praticar esse "receber". Enfim... Hoje, lendo o que você escreveu, eu entendo que talvez, inconscientemente, eu estivesse me precavendo de criar esse tipo de vínculo com as pessoas. Não sei se por radicalismo da minha parte em não suportar ser cobrada, ou se porque, empiricamente, eu saquei que esse tipo de vínculo de poder causa "estragos".

Bom, falei por mim. Não sei o que acontece, de fato, com os outros. Será interessante observar sabendo agora desses detalhes. E o melhor: agora realmente sei quando e porque me esquivar de determinadas situações (e seres humanos).

Adorei! =)

Aquele abraço! (com um sol lindo de Sampa City).

De caso com o acaso(?) disse...

"Será interessante observar sabendo agora desses detalhes".
Depois comento um DETALHE que vc destacou. Fez toda diferença!
Ainda não havia percebido por esse ângulo.
....................................
Casa do Acaso
"Assegurar o lugar no acaso"_Que GRANDE idéia!_Já começou a produzir efeitos. Num outro texto seu, é claro!(coisas do acaso). Num acaso previsível, devido a proposta(Sobre a Poesia). Mas ainda assim, puro acaso.

Abraço.
Detalhe:Puro abraço do acaso...

Pattiê, disse...

Qual é o DETALHE que eu destaquei?

Onde foi que produziu efeito? Nos desencontros marcados? rsrs...

Às vezes tenho a impressão de que você conhece cada vírgula minha, até mais que eu. E olha que pratico diuturnamente o autoconhecimento.

Puro abraço, do acaso.

Duas(mil) disse...

De alma para alma...
"Deus mora nos detalhes"
"Detalhes tão pequenos de nós dois, são coisas mt grandes(...)(rs)".

Nossa disponibilidade para receber(vida) busca fontes isentas.
Mais que nos seduzir, para nos aprisionar(como aprisionar a criação, um filho, arte?)essas pessoas_fontes SÃO! Não são por causa de nós(pelo menos não deveríam ser_caso sejam, que não exijam de nós a MESMA escolha). Tb n somos(apenas) por causa delas (mt pelo contrário, às vezes). São/somos em virtude e benefício da VIDA! Embriagadas de vida. Mais do que nos seduzir, foram/fomos seduzidas pela vida. A vida as/nos iluminou e este reflexo é percebido através dessa luz que não se contenta consigo, que não se contém em si e transborda, se derrama...Sou atéia convicta, mas percebo que esse "encontro" pode ser sentido como se fora o nosso encontro com Deus, com a nossa divindade. E esse é o canal que nos conduzirá a toda divindade ou humanidade presente em cada pessoa. Os egoístas não conseguem perceber. Seu egoísmo e possessão se ocupam em reter, aprisionar. Reclamar para si o direito de toda a poesia da vida, inclusive a nossa(rs, quiçá a nossa própria vida). Talvez imaginem que o mundo gire em torno deles. E a magia do mundo é exatamente essa de não nos pertencer(somos passagem_fluxo_tempo)."Por isso uma força me leva a cantar, por isso essa força estranha".
A não ser que nossa mente se expanda, se dê, e nesse se dar(como um ouvido a escutar a vida) receba o mundo. Mas de forma igualmente divina. Compreendendo da vida seu milagre e mistério. Depois disso cortar as amarras e se autorizar às chegadas e às partidas inerentes à vida. Esse movimento é o q dará (ser)VIDA à VIDA. Quando "Nina"(Simoni) lhe ilumina. Vc dá luz a mts Ninas. E vejo Ninas fotografadas em cinzas, das cinzas renascida(?).(Nina_menina/Simoni_aquela que ouve). A quem contar sobre o milagre da multiplicação dos pães, das Ninas? A quem nutrir com esse verdadeiro pão da vida? [Estou cada vez mais saciada_inspirada(rs)].

...."Compassos e descompassos"....
DETALHE DESTACADO:"precaver-se de um vínculo que causaria estragos".
Mtas vezes a forma de nos precavermos é encontrarmo-nos com estas pessoas para criar anticorpos(perceber detalhes). Exercício diplomático_poético. Parecem mesmo DESENCONTROS MARCADOS(efeitos_rs). Estes não deveríam abortar verdadeiros encontros (desmarcados). O encontro com VC MESMA, por exemplo.
Diante de um ser egocêntrico vc terá que provar que o ama mais do que a si mesma. Fico com a impressão de que esse ser ainda está emocionalmente na fase oral. O bebê ainda percebe apenas seio e boca, não se dando conta das duas pessoas presentes nesse ato. Já que a criança é ainda BOCA e FOME. Sacia apenas a boca e o estômago, não sacia o ser, que só seria saciado com a percepção de estar diante de outro ser!(A GRAÇA_CHAVE de sermos duas!). Maternar deveria ser um GRANDE e PASSAGEIRO prazer. Essa percepção dá a chave da liberdade e haja coragem para o exercício dessa liberdade. Perderemos em parte este SER conquistado que nos deu/dá SER. Estaremos corajosamente livres para partir ou ficar. Ou ir e vir, ser e não ser, nesse movimento espiral e infinito.

Mas aprender a administrar esse dar e receber talvez seja a chave. Mesmo o mais egoísta pode ter algo a oferecer. Que tenhamos poder pra definir até onde, como, quando. Até onde desejamos nos deixar comprometer...

Esse seu "verdadeiro" desejo de autoconhecimento é o que me aproxima de vc.

Estive lendo sobre o fenômeno da refração da luz. Recebe-se a luz por uma via e ela, a luz muda de meio e se diz, muda de meio e se diz, se diz, se luz! rs...

Puro abraço(*,* um prazer a cada vírgula conhecida_rs)do acaso.

(Amei a poesia de hoje e tudo o mais merceria comentário. Falta-me tempo nesse momento).

Abraçooo longooo e largooo...

Pattiê, disse...

quem é você? quem? vamos nos falar por e-mail? acho mais conveniente, sei lá. estou curiosa, confesso.

meu e-mail: brunapattie@gmail.com

abraço largo, solto e despretensioso!

Breve disse...

Providenciando as respostas...
rs...
Abraço breve...

Pattiê, disse...

Minha pergunta guarda uma resposta complicada, não é? Não é fácil, nunca, definir-se, dizer quem se é... rsrs

Eu sou? Vc que sabe disse...

Quem se define, se limita.
Quem me define...
...
...
...
Se limita.
Eu?
Rs...
"De forma que 'meu espírito' ganhe um brilho definido. Tempo tempo tempo tempo...
E eu espalhe benefícios(...)
O que usaremos pra isso fica 'guardado em sigilo'...
Tempo tempo tempo tempo
'Apenas contigo e migo'...
Tempo tempo tempo tempo(...)".
.................................
Passo a passo para um despretensioso abraço.
Espaços contidos num abraço.
Eu sou: Uma fazedora de abraços soltos longooos e despretensiosos...

Abraço (solto e) apressado.

Pattiê, disse...

Passo a passo para uma deliciosa descoberta.

Você é: uma desatadora de nós.

Eu sou: uma máquina de perguntas.

O que move o mundo? perguntas? respostas? Sempre achei que fossem as respostas, mas hoje tenho (quase) uma certeza: só estamos aqui porque alguém ousou perguntar - por quê?

Quem se define se descobre, e se redefine, e se redescobre, e se re-redefine, e se re-redescobre...

Abraço insone.

 
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