Meu bem que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
No teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje eu sinto que
O tempo da cura tornou a tristeza normal
E então, tu tome tento com meu coração
Não deixe ele vir na solidão
Encabulado por voltar a sós
Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós
Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver, como se deve ser
Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim
Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio esperando a resposta ao que chamo de amor
2 comentários:
Sempre me disseram que a saudade dói demais, mas só hoje sei que ela faz mais que doer... Dói, arde, queima, causa angustia e um sentimento de impotência insuportável, vontade de gritar e de calar ao mesmo tempo.
Enquanto ela existe aqui dentro vou dando um jeito de ler um livro indicado, escutar uma música que tocava num tal cd que era colocado em momentos específicos... Olho gatos de pelúcia nas vitrines de uma cidade que não é a minha e tenho vontade de presentear alguém com eles, afinal são pretos... Mas não compro, não presenteio e muito menos mato a saudade, enfim, vou levando.
que coisa mais linda, que palavras lindas, sábias.. entrei aqui por acaso.. coloquei no google um trecho dessa musica da maria gadú e apareceu esse blog.. estou realmente surpresa, me sinto exatamente como voce.. :/ suas poucas e sabias palavras disseram tudo o que eu tento dizer, mais que minha incapacidade de me expressar como tenho vontade nao deixa.. enfim, tirou-as da minha boca! parabéns. adorei!
Postar um comentário