quarta-feira, 12 de agosto de 2009

DO AMOR


Quanto mais intelectualizada (e racional) me torno, mais acredito que o amor é uma dádiva. E não uma dádiva divina, antes disso - é uma dádiva que só alcançou o status de dom porque é gratuita. E sendo gratuita, nada pede em contrapartida. Nada pede em troca.

Quanto mais sensível me torno, mais acredito que poucas são as pessoas que verdadeiramente sabem amar. O modo pouco importa. O importante é que se saiba amar. E sabendo amar, já teremos meio caminho andado.

Quanto mais alio razão e sensibilidade, mais percebo o quanto somos tolos perdendo um tempo que é tão precioso - e se não o é, ainda, um dia será. E então caem minhas fichas de que, não amando, não se vive verdadeiramente. E ficar esperando receber amor para só então oferecê-lo, em troca, é um dos maiores erros que podemos cometer com nossos corações tão ávidos por esse sentimento de amor que nos é oferecido todos os dias, nas entrelinhas.

2 comentários:

Anônimo disse...

...entao minha queridissima, ame e seja eternamente FELIZ!!!! Euzinha.

Anônimo disse...

Amar não lhe tornará eternemente feliz. Amar lhe tornará viva, com sentido. Com sentimentos e consequentemente, tb objeto de amor. Isto é, saberá receber amor. Quem ama é boa receptora de amor tb. Amar não lhe garantirá uma vida de eterna alegria. E sim uma vida com sentido, com sentir. Sentir amor, se deixar tocar pelo amor. Mais do q tocada pelo ódio, pelo desânimo, pela gula, preguiça, vaidade etc... Amar, se permitir sentir amor. Não passar a vida em vão, no automático, no mecânico. Ou ainda presa ao espelho da paixão, que no fundo, não recebe amor. Está apenas interessada em morrer em si mesma sem amar além disso. Amar é transcender do amor por si mesma. Quando já nos amamos o bastante e nos conhecemos o suficiente pra abrir a porta ao Outro sem temê-lo exageradamente, já que nos conhecemos razoavelmente bem. O Outro pode ser o Outro e nós podemos ser nós mesmas. Com esse conhecimento, esse Outro não nos ameaça psiquicamente. O amamos, não somos possuídas ou dominadas pelo Outro. Amamos. Conhecemos os sins e os senãos de nós mesmas e da outra pessoa. Tudo pode ficar no seu lugar. E o amor serve apenas de ponte, de entendimento para estabelecer o vínculo, sem que esse vínculo corra risco de virar dependência ou carência. Viver sem sentir...Vive-se sem sentir? Vive-se sem doer? Então que seja o amor que lhe doa, que se doe. Aprender a sentir, aprender a amar. Lidar bem com os ódios e os demais venenos da alma. Ser amada pelo amor, deixar que o amor cuide de vc, antes que o ódio, ou algo menos nobre e revigorante, faça morada em seu corpo, em sua alma. Que o amor lhe salve sempre, que lhe saúde e lhe dê boas-vindas. Viver sem ter amado, sem ter se deixado amar. Morrer sem ter vivido ou viver sem ter existido.Quem não ama não morre, não existe, não vive, não nasce. Viva!

 
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